Férias na TAVA: brincadeiras tradicionais divertem o público nos fins de semana de janeiro

Publicado em: 05 jan 2024
Museu das Culturas Indígenas

Entre as atividades previstas estão brincadeiras educativas, encontros culturais com diferentes etnias e contação de histórias; As atividades acontecem aos sábados e domingos de janeiro; confira os horários das atividades no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Atrações gratuitas acontecem na sede do MCI, na zona oeste da capital paulista. Foto: Acervo MCI

São Paulo, janeiro de 2024 – Para o povo Guarani, a TAVA – se pronuncia “Tauá” – existe como um lugar de referência para as atividades coletivas do dia a dia na aldeia. Nesse espaço são realizados jogos, contações de histórias, apresentações de dança, rezas e transmissões de saberes entre diferentes gerações. Esse costume inspirou a criação da atividade Férias na TAVA, marcada para ocorrer gratuitamente durante os fins de semana do mês de janeiro no Museu das Culturas Indígenas (MCI),  instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Quem visitar o MCI aos sábados e domingos, 6, 7, 13, 14, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 de janeiro, das 09h às 18h, poderá conhecer e brincar de Ninmangwá Djagwareté (em português “brincadeira da onça”), um tabuleiro com 15 peças que representam cachorros e uma onça.

A partida começa com onça-pintada capturando os cachorros e é finalizada quando os cachorros conseguem encurralar a onça.  A onça pintada, peça central do tabuleiro, é um símbolo de resistência para os povos indígenas originários da Abya Yala (América), considerada uma “irmã” que luta ao lado e ensina o caminho de sobrevivência.

Na cultura Guarani, a relação com a natureza e as histórias dos povos originários são incorporadas na brincadeira, que contribui para a desenvoltura e agilidade ao tomar decisões, aumento da disciplina e da tomada de decisões, desenvolve criatividade e favorece a capacidade de resolução de problemas.

CULTURA DO POVO YAWANAWÁ

Para apresentar a diversidade cultural da etnia Yawanawá, o MCI recebe o artista e músico, Xinã Yura Yawanawá, no sábado (06/01), às 10h. Xinã Yura apresenta cantos, desenhos, interage com os visitantes por meio de brincadeiras e compartilha histórias e curiosidades sobre o modo de vida e tradição dos Yawanawá.

Habitantes da Terra Indígena Rio Gregório em Tarauacá (AC), os Yawanawá destacam-se pela diversidade dos cantos sagrados em vozes altas das queixadas. São conhecidos pelos desenhos corporais feitos com urucum, jenipapo e resina cheirosa (Sepá). Nas vestimentas usam saias de palha de buriti e enviras, cocares de penas e peles de animais, braceletes e colares de sementes. A manutenção e transmissão de saberes é uma forte prática cultural do povo, que repassa aos mais jovens a língua tradicional (Nūkē Tsāi), a fabricação de cerâmica, desenhos, armas de madeira e cestaria.

FAMÍLIAS INDÍGENAS

O MCI convida as famílias para conhecerem a cultura, tradições e costumes do povo Payayá, no sábado (13/01), às 10h. Letycia Rendy Yobá Payayá, indígena da etnia Payayá, ativista e historiadora, comanda a atividade que traz histórias, vivências e propõe reflexões sobre famílias indígenas em contexto urbano.

Presentes na Chapada Diamantina (BA), em Cristinápolis (SE) e com representantes em São Paulo (SP), os Payayá atuam na luta pela recuperação do território e resgate das suas tradições e cultura. Vivem cerca de 100 famílias às margens do Rio Utinga (BA), que se articulam com outros povos e integram o Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), que visa influir nas políticas públicas relacionadas aos povos indígenas da Bahia.

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

No sábado (20/01), às 10h, o público pode ouvir a fábula “História de Toopi” narrada pela atriz, performer e artista-pesquisadora indígena amazonense, Lilly Baniwa. Em tempos antepassados, quando  a natureza e os humanos não apresentavam diferenças, o calango Toopi, da floresta intacta no Rio Içana, no noroeste amazônico, não acredita que um dia a destruição chegará ao seu território; isso muda quando um primo volta do Baixo Rio Negro e traz notícias sobre a falta d’água, queimadas, escassez de alimentos, devastação do mundo.

A história é comumente contada entre indígenas do Rio Içana quando uma pessoa não acredita em algo que é contado e em lugares onde se despreza a destruição do mundo e não se dá importância à preservação da natureza.

BRINCAR COM O POVO GUARANI MBYA

A brincadeira da arapuca é comandada por Jaci Jaxuka Martins, da etnia Guarani Mbya e liderança da Terra Indígena do Jaraguá, no sábado (27/01), às 10h. De origem indígena, a brincadeira consiste em capturar o objeto de outro participante a partir de uma armadilha, montada com o uso de um cesto, pedras e fibras de árvores.

A brincadeira é uma importante ferramenta para transmitir conhecimentos, comportamentos, crenças e costumes. A atividade integra o cotidiano das comunidades, ciclos agrícolas, calendários festivos e religiosos.

SERVIÇO

Férias na TAVA | Ninmangwá Djagwareté – brincadeira da onça
Datas e horários: 06, 07, 13, 14, 20, 21, 25, 26, 27 e 28/01/2024, das 09h às 18h
Entrada: inteira R$15,00 – meia R$7,50. Ingressos disponíveis na bilheteria física ou no site

Férias na TAVA | Apresentação da etnia Yawanawá (artes, cultura, brincadeiras e curiosidades)
Data e horário: 06/01/2024, das 10h às 12h
Entrada gratuita com retirada de ingresso no site

Férias na TAVA | Atividade em família com o povo Payayá
Data e horário: 13/01/2024, das 10h às 12h
Entrada gratuita com retirada de ingresso no site

Férias na TAVA | Contação de histórias indígenas: História do Toopi, com Lilly Baniwa
Data e horário: 20/01/2024, das 10h às 12h
Entrada gratuita com retirada de ingresso no site

Férias na TAVA | Brincadeira da arapuca, com Jaci Jaxuka Martins
Data e horário: 27/01/2024, das 10h às 12h
Entrada gratuita com retirada de ingresso no site

Sobre o MCI

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.    

Museu das Culturas Indígenas   

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