A partir de 24/2, a Secretaria apresenta os projetos destinados a pessoas com deficiências das instituições Museu Casa de Portinari e Pinacoteca do Estado
Os projetos de ação educativa inclusiva de dois museus da Secretaria de Estado da Cultura podem ser vistos na mostra de reinauguração do Memorial da Inclusão em São Paulo, a partir do dia 24 de fevereiro. Na exposição, a Secretaria apresenta as alternativas do Museu Casa de Portinari, de Brodowski, e da Pinacoteca do Estado de São Paulo, na capital, para tornar seu acervo acessível aos visitantes com deficiências físicas, sensoriais ou intelectuais.
Para o Secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, as ações de acessibilidade das instituições do Estado facilitam a compreensão dos ambientes e das obras, tornando o museu um espaço para todos. “Além de facilitar o acesso a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, o museu precisa dar a eles a oportunidade de conhecer o acervo de maneira irrestrita”.
O Museu Casa de Portinari, administrado em convênio com a ACAM Portinari, exibe duas maquetes táteis – uma com a arquitetura do imóvel, que permite ao deficiente visual conhecer a disposição espacial do museu, e outra da Capela da Nonna, com o relevo de santos pintados por Portinari para sua avó. Também apresenta o DVD portátil para surdos com visita guiada em Libras (Língua Brasileira de Sinais), que dá autonomia ao deficiente auditivo durante sua visita.
“Felizmente, muitas pessoas e instituições já estão trabalhando pela inclusão, abrindo e consolidando caminhos, provando que é possível, e o Museu Casa de Portinari sente-se honrado em fazer parte desse grupo”, afirma a museóloga Angelica Fabbri, diretora do Museu Casa de Portinari.
Entre os materiais acessíveis do Programa Educativo para Públicos Especiais da Pinacoteca do Estado de São Paulo, foram selecionadas duas reproduções em relevo, uma pintura de Tomie Ohtake e outra de Arthur Timótheo da Costa, elaboradas em resina branca e borracha texturizada em alto contraste, além de um jogo articulado imantado com a reprodução da pintura de Tomie Ohtake, com o objetivo de aguçar a percepção dos deficientes visuais por meio da construção e desconstrução da obra.
“A nova museologia exige que o museu seja acessível a todos. O museu que pensa seu público tem de estar apto para dialogar seu acervo com todos os tipos de pessoas, inclusive as que possuem necessidades especiais”, explica a museóloga Amanda Tojal, coordenadora do Programa Educativo para Públicos Especiais da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
A exposição fica em cartaz até o dia 24 de março. O Memorial da Inclusão está localizado na sede da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10 – Barra Funda). O horário de visitação, de segunda a sexta-feira, é das 12h às 18h.