Os projetos de ação educativa inclusiva do Museu Casa de Portinari podem ser vistos na mostra que marca a reinauguração do Memorial da Inclusão, em São Paulo, junto com as ações desenvolvidas pela Pinacoteca do Estado. A exposição fica em cartaz até 24 de março na sede da instituição (av. Auro Soares de Moura Andrade, 564, portão 10 – Barra Funda). O horário de visitação, de segunda a sexta-feira, é das 12h às 18h.
Na exposição, o museu de Brodowski exibe duas maquetes táteis – uma com a arquitetura do imóvel, que permite ao deficiente visual conhecer a disposição espacial do museu, e outra da Capela da Nonna, com o relevo de santos pintados por Portinari para sua avó. Também apresenta o DVD portátil para surdos com visita guiada em Libras (Língua Brasileira de Sinais), que dá autonomia ao deficiente auditivo durante sua visita.
Para o secretário de Estado da Cultura, Andrea Matarazzo, as ações de acessibilidade das instituições do Estado facilitam a compreensão dos ambientes e das obras, tornando o museu um espaço para todos. “Além de facilitar o acesso a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, o museu precisa dar a elas a oportunidade de conhecer o acervo de maneira irrestrita”.
Entre os materiais selecionados do Programa Educativo para Públicos Especiais da Pinacoteca do Estado de São Paulo, estão uma pintura de Tomie Ohtake e outra de Arthur Timótheo da Costa, elaboradas em resina branca e borracha texturizada em alto contraste, além de um jogo articulado imantado com a reprodução da pintura de Tomie Ohtake, com o objetivo de aguçar a percepção dos deficientes visuais por meio da construção e desconstrução da obra.
“Felizmente, muitas pessoas e instituições já estão trabalhando pela inclusão, abrindo e consolidando caminhos, provando que é possível, e o Museu Casa de Portinari sente-se honrado em fazer parte desse grupo”, afirma a museóloga Angelica Fabbri, diretora do Museu Casa de Portinari.