A história oral é uma metodologia de pesquisa e gera fontes para o estudo da história e do aprofundamento em questões desenvolvidas pelas instituições museológicas. Os três museus geridos pela ACAM Portinari no interior, compartilham um pouco desse trabalho com o público por meio de seus sites. Em Brodowski, o projeto do Museu Casa de Portinari é chamado de “Poéticas da Memória” e mostra relatos de pessoas ligadas à família Portinari e às principais memórias locais: ferroviária, cafeeira e da imigração. Em setembro, foi disponibilizada a entrevista de Aureluce Negri Braga, conhecida educadora da cidade, que abordou a Brodowski antiga.
No Índia Vanuíre, o objetivo é registrar no “A Voz da Memória” as histórias e vivências dos indígenas da região e dos moradores de Tupã. O material exibido desde agosto é o depoimento de José da Silva Barbosa de Campos, Kaingang da terra indígena Vanuíre (Arco-Íris, SP), que fala da avó Candire e de sua participação para a manutenção dos saberes do seu povo.
No “Memórias Compartilhadas“, produzido pelo Museu Felícia Leirner/ Auditório Claudio Santoro, são convidadas pessoas que tenham convivido com a artista ou maestro, ou que acompanharam a vida dos equipamentos culturais, possuindo repertório de grande importância para a recuperação da memória de períodos e contextos ainda pouco conhecidos. A recente edição apresenta o depoimento de José Aristeu da Silva, que assumiu o cargo de jardineiro nos equipamentos por 25 anos, enquanto Felícia ainda era viva.
A exposição Coletiva de Artes Plásticas, considerada uma grande celebração da arte, realizada pelo Museu Casa de Portinari durante a 43ª Semana de Portinari, ganhou um novo recorte e agora está disponível online, no site da instituição. Após permanecer em cartaz no RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto, a mostra pode ser conhecida pelos internautas do mundo todo, consolidando seu caráter democrático e de difusão do trabalho feito por artistas nacionais.
São quase 170 obras, de cerca de 100 artistas de todo o país, nos mais diferentes estilos, suportes e técnicas. A montagem encanta pela variedade e singularidade do material exibido, reforçando o aspecto de que a arte não conhece limites ou fronteiras, é um legítimo exercício de cidadania para o criador e para o espectador, ambos sujeitos no mesmo processo, onde a revelação é o denominador comum, pelo seu valor intrínseco nos atos de criar e apreciar.
O Museu Índia Vanuíre apoia o movimento de autorrepresentação das comunidades, com a criação de museus nas terras indígenas no oeste paulista, quadro que demonstra os conhecimentos museológicos desses grupos e a preocupação em manter viva as suas memórias. Em junho, durante o VII Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus, realizado pela instituição, foram apontadas situações que os museus Akãm Oram Krenak (do povo Krenak) e Wowkriwig (do povo Kaingang) estão enfrentando. Uma delas é a infestação de insetos no bambu usado nas paredes.
Em julho, o Museu viabilizou a visita de um técnico especializado e, nos dois espaços, o problema estava avançado. A recomendação foi a troca do material por outro tipo, pois, para a utilização do bambu sem o risco de novas infestações, seria necessário um tratamento intenso, o que despenderia muito tempo. Os dois grupos se propuseram a fazer a mudança, visando a preservação dos objetos em exposição. A equipe técnica do Museu Índia Vanuíre está sempre acompanhando as atualizações da área e, sendo assim, o processo de surgimento de museus dentro das terras indígenas, com o olhar de conservação.
O cuidado com o acervo do Museu Felícia Leirner é um trabalho assertivo e meticuloso, pensando sempre na singularidade das obras. A série Recortes na Paisagem é composta por 18 esculturas, feitas pela artista na década de 1980, já na área do Museu. O conjunto está em local que recebe a maior incidência de luz solar, o que torna a conservação mais sucinta, quando comparada às demais. Elas possuem uma característica comum: todas são compostas por vazios, fendas, aberturas e recortes que permitem o transpassar da luz solar, gerando novas perspectivas a cada olhar.
O acompanhamento diário é feito pela estagiária de acervo, e a manutenção periódica pela equipe do Escritório de Restauro e Conservação Julio Moraes, especializado em obras de arte. Em um trabalho sistemático realizado em parceria, o monitoramento da coleção inclui a retirada frequente de sujidades, bem como o hidrojateamento, a pintura e os demais procedimentos necessários para manter a coleção em perfeito estado de conservação.
A lista com os 70 novos representantes regionais, titulares e suplentes, eleitos para mandato até 2020, foi divulgada no site do SISEM-SP. Nos dias 17 e 18 de setembro, os membros titulares já participaram do 16º Encontro de Representantes Regionais (16ERR), na sede da Secretaria da Cultura do Estado, quando compartilharam informações sobre as atividades do SISEM-SP. Dentre as atribuições dos representantes regionais, estão a articulação e o planejamento de ações para o fortalecimento das instituições museológicas em suas respectivas regiões. O apoio aos museus, em especial aos de pequeno porte, para a adesão ao Cadastro Estadual de Museus (CEM-SP) foi considerado prioridade para as pautas dos Encontros Regionais de Museus que serão realizados ao longo do mandato. Neste mês de outubro, o Conselho de Orientação do SISEM-SP (COSISEM-SP) também inicia um novo mandato de dois anos. Confira a composição do COSISEM-SP.
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