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Edição 171 | Ano 14 | Novembro 2024

Na parte superior da imagem, há o logotipo da ACAM Portinari - organização social de cultura. No centro, um mosaico de fotografias retrata pessoas negras com algumas delas executando atividades representativas de tradições afro-brasileiras. No canto esquerdo do mosaico, um homem mais velho, com barba branca e vestimentas tradicionais olha de maneira contemplativa. Na parte superior, uma mulher vestida com roupas típicas brancas dança em meio a outras pessoas. Na parte inferior, um homem faz movimentos de capoeira com entusiasmo, interagindo com crianças. No canto direito, há uma pessoa sorridente, vestida com roupas coloridas e segurando um instrumento com miçangas de várias cores. O fundo da imagem é cinza claro, decorado com um padrão sutil nas bordas.

Museus da ACAM celebram a Consciência Negra

Durante o Mês da Consciência Negra, os museus da ACAM Portinari celebram a cultura afro-brasileira com atividades que exaltam a arte, a história e a resistência do povo negro.

No Museu Casa de Portinari, a exposição “Macalé, Formas e Fatos” homenageia o artista Jaime Domingos Cruz, o Macalé, com suas obras abstratas que evocam resistência e identidade. A oficina “Não Deixe o Samba Morrer” permite que crianças explorem instrumentos musicais feitos com materiais recicláveis, enquanto uma coreografia de dança contemporânea e oficinas de chocalho completam a programação.

No Museu Felícia Leirner, a oficina “Cangoma” oferece um mergulho nos ritmos de matriz africana, explorando suas raízes e influências na Música Popular Brasileira. Também acontece um show gratuito do grupo Família Intimidade, que celebra a força e a energia do samba.

Já no Museu Índia Vanuíre, oficinas, palestras e apresentações de dança e poesia exploram questões de identidade e ancestralidade, promovendo um espaço de reflexão e troca de conhecimentos sobre a herança africana no Brasil. As atividades convidam os participantes a mergulharem nas tradições, história e cultura do povo negro.

No Museu das Culturas Indígenas, um dos destaques é a apresentação de “Tambor de Crioula” – manifestação cultural tradicional do Maranhão. Além disso, o museu promove uma roda de conversa sobre o hip hop como expressão de resistência afro e indígena, criando um espaço para a troca de histórias e saberes.

No topo da imagem, está o logotipo do Museu Casa de Portinari, composto pelo nome do museu em letras minúsculas e um ícone marrom, representando o telhado da casa histórica do museu. O fundo da imagem é em tons de cinza claro com padrões geométricos nas bordas. No centro, uma foto mostra duas pessoas sentadas no chão, visitas do alto, em um ambiente acolhedor com carpete cinza. Elas estão olhando para a tela de um laptop que exibe o site do Museu Casa de Portinari. Na tela, há uma seção chamada Catálogo de Acervo, onde são visíveis imagens de itens e informações sobre cada um.

Explore o catálogo digital já disponível no site do Museu!

Museu Casa de Portinari oferece a oportunidade de explorar seu rico e variado acervo por meio do seu site. No catálogo digital, é possível navegar por obras de arte, objetos pessoais, ferramentas e utensílios domésticos que refletem a vida e o legado de Candido Portinari e os hábitos de sua família na primeira metade do século passado.

Com uma interface simples e acessível, o catálogo apresenta os icônicos afrescos da casa em Brodowski (SP) – onde o artista viveu durante sua infância e juventude e para onde retornava para longas temporadas junto à família – e disponibiliza dados básicos de toda a coleção do museu, permitindo uma imersão profunda na vida de Portinari, além de situá-lo no contexto cultural e social do Brasil do século XX.

A iniciativa democratiza o acesso ao acervo, permitindo que pessoas de todo o mundo conheçam a trajetória e o impacto desse grande expoente da arte moderna brasileira. Confira o catálogo digital e descubra mais sobre a vida e obra de Portinari!

A imagem mostra, na parte superior, os logotipos do Auditório Claudio Santoro à esquerda e do Museu Felícia Leirner à direita. Eles se destacam sobre um fundo cinza claro com detalhes geométricos sutis nas bordas. A imagem central é uma montagem artística que representa temas de música e natureza. No centro, há a figura do maestro Claudio Santoro, representado por um recorte de fotografia em branco e preto, levantando as mãos com uma batuta, como se estivesse regendo uma orquestra. Ao fundo, destacam-se flores amarelas de ipê, uma partitura antiga, a imagem de um violino e o teclado de um piano.

Claudio Santoro muito além da música

Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro apresentam neste mês a 1ª edição da “Mostra Claudio Santoro”, uma celebração das diversas facetas do maestro que vão muito além da música. A programação convida o público a conhecer o impacto de Santoro na cultura brasileira e sua influência como artista completo e visionário.

Para o cinema, Santoro compôs trilhas marcantes; na política, defendeu a cultura e sua democratização; nas artes visuais, suas pinturas refletem o espírito do expressionismo, explorando novas formas de manifestação artística. Sua obra é um legado multifacetado e vibrante, que inspira gerações.

Não deixe de conferir os painéis expositivos, as visitas educativas e uma oficina de pintura. Um dos destaques é a apresentação da Filarmônica do Vale, que traz um concerto especial gratuito, regido pelo maestro Paulo D’Angeles, celebrando algumas das composições mais emblemáticas de Santoro.

Na parte superior da imagem está o logotipo do Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre, que apresenta um adereço indígena estilizado em vermelho e o nome do museu em letras pretas. A imagem também inclui elementos gráficos em branco nas bordas, com padrões geométricos que lembram arte indígena. No centro, a foto de uma mulher indígena segurando um microfone e falando em um evento. Ela usa óculos e veste uma blusa colorida com detalhes em amarelo, azul e rosa. Seus acessórios incluem brincos grandes com motivos indígenas. Ao fundo, há um homem de óculos e camisa azul claro desfocado, observando-a atentamente.

Parceria fortalece visibilidade dos povos indígenas

O Museu Índia Vanuíre tem, desde 2023, uma parceria com a Rede Internacional de Pesquisadores sobre Povos Originários e Comunidades Tradicionais (RedeCT). A partir do Grupo de Pesquisa GEDGS/UNESP, essa colaboração amplia as pesquisas sobre as culturas indígenas, permitindo que estudiosos da RedeCT usem o acervo e o conteúdo do museu para enriquecer seus estudos e fortalecer a visibilidade dos povos originários, especialmente os do oeste paulista.

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, o Museu Índia Vanuíre recebe e participa de uma roda de conversa com o professor Dr. Edson Kayapó, David Terena, Lidiane Krenak e o professor Dr. Nelson Russo de Moraes durante a programação do V Congresso Científico Internacional da RedeCT. Será uma oportunidade para refletir sobre as identidades e resistências dos povos originários, com transmissão online para participantes de várias regiões do Brasil e de Moçambique.

Criada em 2018, a RedeCT desenvolve diversas ações de pesquisa, como a série de livros “Estudos sobre Povos Originários e Comunidades Tradicionais”, webinários e o Congresso Científico Internacional.

No topo da imagem, há o logotipo do Museu das Culturas Indígenas, que inclui um símbolo vermelho com linhas geométricas e o nome do museu em letras pretas. As bordas da imagem possuem padrões brancos de estilo indígena. A imagem mostra uma jovem mulher segurando uma escultura artesanal de uma onça em uma das mãos, como se estivesse apresentando-a ou explicando algo sobre ela. Ela veste uma camiseta cinza e um colar marrom. A expressão em seu rosto é de envolvimento e entusiasmo. O ambiente é interno, com cortinas marrons ao fundo e paredes decoradas com padrões e cores vibrantes.

Espetáculo infantil aborda ancestralidade e memória

O Projeto Perspectivas Indígenas em Cena apresentou o espetáculo “Abertura de Processo”, no Museu das Culturas Indígenas (MCI), entre 06 e 14 de novembro. A peça mostrou um novo olhar para as crianças indígenas em contexto urbano e abordou o direito ao território, educação básica, cultura e valorização, por meio da educação e da diversão.

A apresentação contou a história de uma criança indígena obrigada a deixar seu território em Mairi, em Belém (PA), e migrar com a mãe para a periferia em São Paulo (SP). Do quintal de sua nova casa, ela narra suas vivências no novo contexto e embarca em uma viagem em seu rio de memórias, junto com seus melhores amigos: boldo, alecrim e capim cidreira.

Os pequenos que assistiram ao espetáculo embarcaram na imaginação de cartografias e camadas de mundo ao longo de uma narrativa tão plural quanto as cosmovisões dos povos originários. A narrativa apontou questões atuais como demarcação territorial, proteção das infâncias indígenas e saúde mental e física para quem vive nas metrópoles.

O Projeto Perspectivas Indígenas em Cena teve fomento do programa FUNARTE RETOMADA 2023 – TEATRO e contou com apoio do MCI.