As instituições museológicas geridas pela ACAM Portinari vão participar da Feira do Empreendedor 2023. Promovido desde 2012 pelo Sebrae, o evento ocorrerá entre 16 e 19 de outubro, das 10h às 20h, no São Paulo Expo, na capital paulista. A feira apresenta produtos, serviços, palestras e oferece consultorias sobre gestão, inovação, sustentabilidade, marketing, finanças, entre outros.
Dentro do stand da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, o Museu Casa de Portinari (Brodowski) e o Museu Felícia Leirner (Campos do Jordão) exibirão poemas dos artistas que dão nome às instituições. Também haverá uma Rodada de Negócios, com a presença da equipe de Desenvolvimento Institucional da ACAM.
O Museu das Culturas Indígenas (SP) e o Museu Índia Vanuíre (Tupã) apresentarão uma feira de arte e artesanato com artigos produzidos pelos indígenas. E uma Roda de Conversa sobre o Programa de Estagiários Indígenas do MCI fecha o cronograma.
O Museu Casa de Portinari assinou um Termo de Cooperação Técnica com a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (FUNAP) – que atua no âmbito administrativo das penitenciárias paulistas – para desenvolver um projeto de ensino, difusão da arte e da cultura voltado a pessoas cumprindo pena, em regimes fechado ou semiaberto, nos presídios do Estado.
Denominado “Museu Casa de Portinari”, o projeto envolve a realização de cursos, oficinas, palestras, visitas técnicas e práticas educativas. A expectativa é contribuir para a reintegração social, a diminuição do índice de reincidência criminal e a possibilidade de remição da pena pelo estudo.
Essa não é a primeira vez que o Museu Casa de Portinari desenvolve atividades direcionadas para pessoas em cumprimento de pena. Ao longo de sua história, a instituição selou parcerias para atender também outros públicos específicos, utilizando a arte como ferramenta de ensino e promoção da cultura.
A sustentabilidade ambiental faz parte dos valores do Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro. Por isso ao receber o laudo técnico sobre a necessidade de remoção de algumas árvores da área externa, as instituições criaram um mecanismo de compensação.
Para reparar a remoção de oito espécies nativas foram plantadas mais de 80 mudas de árvores Pinho Bravo e Araucária. A ação foi realizada em conjunto com os alunos da Escola Integral Obra Social Santa Clara e do 106º Grupo de Escoteiros Oyaguara, em 26 e 30 de setembro, respectivamente. As parcerias somaram esforços na preservação do patrimônio ambiental, garantindo a manutenção e continuidade da biodiversidade local.
Desde 2014, o Museu e o Auditório também contam com uma política de compensação de emissão de gases do efeito estufa, que consiste no plantio de árvores em áreas degradadas. Também colaboram com projetos que visam a limpeza dos rios do município, melhorias do ecossistema e que criam valor social e ambiental perene.
Recentemente, o Museu Índia Vanuíre (MIV) realizou uma pesquisa em seu acervo na coleção do povo Guarani. A documentação foi feita em colaboração com Werá Alcides, sábio Guarani. A pesquisa é fundamental para potencializar visões culturais e identitárias das etnias e para aprimorar, ainda mais, as histórias dos povos indígenas.
Alcides, da Terra Indígena Tenondé Porã e morador da Aldeia Kalipety, da cidade de São Paulo, e em sua colaboração compartilhou saberes tradicionais que serviram para enriquecer as informações documentais dos itens Guarani.
A pesquisa foi conduzida pelo Centro de Referência do MIV, que revisita quadrimestralmente, junto aos povos indígenas, o acervo que está sob a guarda do Museu Índia Vanuíre. O projeto é realizado desde 2021 com o objetivo de trazer a perspectiva indígena para as peças do MIV. O Museu tem em seu acervo aproximadamente 38 mil objetos museológicos que reúne peças e artefatos da história de Tupã (SP), artefatos e objetos de diferentes povos indígenas no Brasil.
O marco temporal é uma tese que visa limitar o direito dos povos indígenas de ocupar territórios. Segundo a proposta, apenas as áreas ocupadas até 05 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição Federal, podem ser demarcadas para os indígenas.
A tese foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas um Projeto de Lei (PL 2903) que inclui a questão do marco temporal foi aprovado recentemente pelo Senado Federal e seguiu para sanção presidencial. Ativistas e instituições que atuam pelos direitos dos povos indígenas, pela biodiversidade e direitos humanos cobram o veto presidencial ao projeto.
Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o marco temporal fere um direito constitucional e coloca em risco a vida dos povos indígenas, uma vez que permitirá a expansão do desmatamento, da mineração e da grilagem de terras. O PL 2903 também representa uma ameaça para o futuro da segurança climática mundial e da biodiversidade do planeta, em parte garantidas pela proteção ambiental dentro das Terras Indígenas.
Acompanhe atualizações sobre o marco temporal aqui.
Setenta e cinco profissionais de museus e outras instituições culturais do estado de São Paulo participaram dos Encontros Formativos “Possibilidades de Construções Antirracistas”, promovidos pelo SISEM-SP. Nessas oportunidades, os inscritos foram conduzidos a reflexões sobre metodologias e propostas pedagógicas de combate ao racismo, a partir de visita técnica à instituição museológica.
O cronograma começou em 25 de julho e encerrou em 10 de outubro. Para os organizadores o saldo é positivo, devido aos comentários dos participantes sobre a ação. Os encontros foram promovidos nos polos regionais do SISEM em São Bernardo do Campo, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Bastos e Garça, Ribeirão Preto, Limeira e Tatuí.
As atividades integram o Programa Direitos Humanos e Museus – Sonhar o Mundo: Antirracismo em Museus, ciclo 2023. A iniciativa é da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, por meio da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico e do SISEM-SP em conjunto com a ACAM Portinari.