A museóloga Angelica Fabbri, diretora-executiva da ACAM Portinari, acaba de receber a medalha Tarsila do Amaral, em reconhecimento à sua notável contribuição à cultura do Estado de São Paulo. Também foram agraciados os indígenas Carlos Papá, integrante do Conselho do Museu das Culturas Indígenas, Cristine Takuá, diretora do Instituto Maracá, e Sonia Ara Mirim, mestre dos saberes no MCI.
A medalha Tarsila do Amaral homenageia e valoriza artistas, personalidades ligadas às artes, promotores e gestores de cultura, grupos artísticos, organizações da área artístico-cultural e iniciativas brasileiras ou estrangeiras com atuação no campo das artes e economia criativa, que prestaram serviços relevantes para a cultura paulista.
Além disso, o Conselho Aty Mirim, do MCI, ficou entre os finalistas para concorrer ao “Prêmio Governo do Estado de São Paulo para as Artes 2021/2022”, na categoria Cultura Popular e Tradicional, pela criação e gestão do Museu das Culturas Indígenas de São Paulo. Mas, quem levou a melhor nessa disputa foi Sidnei Carriuolo, pelo conjunto de atividades da Liga das Escolas de Samba de São Paulo.
O evento “Premiações da Cultura de São Paulo 2021/2022”, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, aconteceu na última quarta-feira (14), no Teatro Sérgio Cardoso, na capital. A ação ainda contemplou as medalhas Mario de Andrade e do Mérito Museológico, e os prêmios São Paulo de Literatura e Juntos pela Cultura.
O Museu Casa de Portinari, em Brodowski (SP), contempla em seu plano museológico um setor educativo que é responsável por realizar ações para variados públicos, entre eles o escolar. Ao longo do ano, realiza projetos que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social, com deficiências, idosos e grupos familiares, sempre promovendo inclusões social e cultural.
O Museu ainda desenvolve atividades pautadas no acervo museológico, por meio dos projetos “Pela Janela”, “Portinari por Ele Mesmo”, “Portinari por Eles” e “Saberes e Fazeres”.
Além de atividades como oficinas e palestras, dentro da estrutura do Museu, os educadores também participam de eventos e reuniões fora da instituição, realizados com a comunidade.
O Museu Felícia Leirner e o Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão (SP), acabam de lançar a exposição virtual “Os Caminhos da Via-Láctea”.
A mostra fotográfica, assinada por Luís Felipe N. R., traz a paisagem do entorno dos espaços culturais, das obras da artista Felícia Leirner, a Via-Láctea e as estrelas, captando com exatidão a beleza e harmonia desses elementos que integram a geografia das instituições.
Além disso, a Serra da Mantiqueira, com sua natureza exuberante, e com pouca poluição luminosa, dependendo do local, torna-se o cenário perfeito para a observação das estrelas e para a prática da astrofotografia.
Acesse o site do Museu e Auditório e confira.
O Museu Índia Vanuíre, em Tupã (SP), promove pesquisas museológicas sobre seu acervo como forma de atualizar informações das peças expostas e de promover interações entre os povos indígenas da região e a coleção do espaço cultural.
Em outubro, os indígenas Candido Mariano Elias e Deolinda Pedro, ambos da etnia Terena, da Terra Indígena Icatu, no interior de São Paulo, realizaram, em parceria com o Centro de Referência da instituição, um trabalho de consultoria sobre suas etnias. Eles tiveram contato com os objetos Terena e forneceram informações importantes para a documentação, como a utilização, o nome no idioma Terena e as formas de confecção das peças.
O Centro de Referência agrega referências culturais, patrimoniais, históricas, etnológicas, arqueológicas e artísticas sobre os povos indígenas do Oeste Paulista. Acesse o site da instituição e fique por dentro.
Com o intuito de funcionar como um que promove o encontro entre povos indígenas e não-indígenas, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) funciona a partir da gestão compartilhada entre lideranças indígenas, gestores públicos e representantes do Instituto Maracá e da ACAM Portinari.
Segundo Davidson Kaseker, gerente do MCI, a gestão compartilhada se alicerça na criação de Grupos de Trabalho, formados por membros do corpo técnico do museu e representantes do Conselho, e comitês curatoriais que se espelham em programas museológicos vigentes na Secretaria da Cultura e Economia Criativa.
Kaseker também lembra que não há museu público estadual nos grandes centros urbanos do país que tenha sido criado e gerido sob os princípios da participação, da colaboração e do protagonismo com povos, organizações e movimentos indígenas..
Entre as novidades previstas para 2023 está a implantação dos Polos SISEM-SP, que organizarão em sete macrorregiões as instituições museológicas do Estado de São Paulo. A iniciativa busca aproximar diferentes instituições culturais a partir de atividades conjuntas.
As macrorregiões foram pensadas pela proximidade geográfica e equilíbrio na quantidade de museus mapeados. O objetivo é que cada Polo SISEM-SP funcione como ponto receptor de ações formativas do Programa Conexões Museus SP, um laboratório de práticas museológicas para os profissionais de museus das macrorregiões.
Junto à ACAM Portinari, o GTC SISEM-SP está elaborando o edital para a CHAMADA DE SELEÇÃO PARA COMPOSIÇÃO DOS POLOS SISEM-SP. A chamada visa à seleção e escolha de instituições para sediarem os Polos durante período de 2023 a 2024.