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Edição 145 | Ano 12 | setembro 2022

Primavera dos Museus em conjunto com a Agenda Bonifácio

As instituições geridas pela ACAM Portinari participam, de 19 a 25 de setembro, da 16ª Primavera dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). Este ano, o tema é “Independências e Museus: outros 200, outras histórias” sobre o relevante papel das mulheres, dos africanos, afrodescendentes, povos originários, sertanejos e ribeirinhos de norte a sul do país, nas lutas pela independência oficial do Brasil. A programação da Agenda Bonifácio também integra a temática cultural relativa ao Bicentenário da Independência do Brasil.

Em Brodowski, o Museu Casa de Portinari realiza bate-papo sobre a contribuição da arte nos 200 anos da Independência do Brasil, além de apresentar a conservação do monumento histórico localizado em uma escola da cidade que abriga uma obra de Candido Portinari.

Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão, promovem oficinas de colagem coletiva, plantio de mudas, roda de conversa sobre o legado da identidade brasileira e o show “Samba de Maria”, bem como música do pianista Airton Silva e palestra.

Museu Índia Vanuíre, em Tupã, convidou indígenas do Oeste Paulista, historiadores e representantes da ONG Umonte para compartilharem histórias sobre as mulheres na luta pela independência, além do contexto histórico dos povos originários. Os indígenas falarão, ainda, sobre o “Descobrimento” e a “Independência do Brasil”.

Já no Museu das Culturas Indígenas, na capital, a programação contempla um ciclo de formação continuada para o compartilhamento de saberes, da história, da cultura e da política sobre os povos originários. A agenda realizou uma roda de conversa sobre Territorialidade na Perspectiva Guarani e a Luta pela Terra.

Conservação do monumento da Escola Tiradentes

Montagem com duas fotos mostra o antes e o depois de um busto localizado numa praça arborizada. Na foto de antes, em preto e branco, falta a cabeça da estátua. Na foto de depois, colorida, o suporte do busto está pintado de bege, com traços verdes e pequenos reparos em branco, e o busto, também bege, está restaurado.

Museu Casa de Portinari, em Brodowski (SP), possui em seu plano museológico ações que contemplam a conservação e a segurança dos objetos da instituição, por meio do Programa Gestão de Acervos.

Com objetivo de articular ações para constituir e fortalecer o Centro de Pesquisa e Referência do museu, ampliando as possibilidades de produção e difusão de conhecimento ao público sobre as temáticas do acervo, o Museu Casa de Portinari, entre 2021 e 2022, realizou um estudo de conservação no monumento da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes, no centro da cidade, local que possui uma herma à Tiradentes, construída em homenagem ao centenário da Independência do Brasil (1922). A obra foi anexada ao local em 1923, quando ainda era a praça Tiradentes, e também possui uma efígie produzida por Candido Portinari.

Embora a peça não faça parte da coleção do Museu Casa de Portinari, a instituição estende tratamento técnico específico ao monumento por ter sido executado pelo artista brodowskiano e por ser parte de um dos pontos de memória do município, no caso, a escola onde Portinari estudou em sua infância.

Lançamento da Série “Arte na Primavera”

card com fundo geométrico em diferentes tons de roxo mostra o logo da série Arte na Primavera e mostra o texto “Campos: Florada Cultural”

Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão, acaba de lançar a Série “Arte na Primavera – Campos: Florada Cultural”, com personalidades da música, da dança e do teatro brasileiro.

Com ingressos a preços populares (R$ 80 inteira e R$ 40 meia) pela Sympla, ao todo, serão 11 espetáculos com 10 atrações, que acontecerão no Auditório, no Parque Capivari e no Parque da Lagoinha: São Paulo Companhia de Dança (24/9); “O Pior de Mim”, com Maitê Proença (9/10); Projeto “Siricutico”, com Paulo Tatit e Filipe Edmo – atração gratuita no Parque Capivari (9/10); “A Última Sessão de Freud”, com Odilon Wagner e Claudio Fontana (15/10); “Elas Não Gostam de Apanhar”, com Eduardo Silva, Gabriela Duarte e Nilton Bicudo (22/10); Ivan Lins [&] Brasil Jazz Sinfônica (5/11); “Roda de Viola”, com Yassir Chediak – atração gratuita no Parque da Lagoinha (12/11); Paula Lima e São Paulo Big Band (13/11); Grupo Corpo (19/11 e 20/11); e “A Lista”, com Lilia Cabral e Giulia Bertolli (26/11).

O evento também vai promover atividades educativas e de formação cultural com os artistas e grupos que se apresentarão, a começar pela Oficina de Balé Clássico com a São Paulo Companhia de Dança, no dia 24/09, das 10h30 às 12h, no Auditório Claudio Santoro. São 40 vagas disponíveis, participe!

Acesse o portal oficial do evento e saiba mais!

Pesquisa e consultoria indígena de objetos Kaingang

foto colorida mostra, à esquerda, vitrine com diferentes adereços indígenas em dois manequins, com saias de palha, colares e cocares. À direita, mostra duas mulheres. Uma está observando a vitrine e a outra está escrevendo em um caderno.

Museu Índia Vanuíre, em Tupã, promove pesquisas museológicas sobre seu acervo, uma forma de atualizar informações das peças expostas e de promover interações entre os povos indígenas da região e a coleção do espaço cultural.

Entre julho e agosto, a indígena Dirce Jorge, liderança Kaingang da Terra Indígena Vanuíre, de Arco-Íris/SP, em parceria com o Centro de Referência da instituição, realizou uma consultoria sobre sua etnia. A pesquisa trouxe dados importantes sobre objetos como cerâmicas, adornos, armamentos, instrumentos musicais e indumentárias que compõem a coleção do Museu Índia Vanuíre.

O Centro de Referência agrega referências culturais, patrimoniais, históricas, etnológicas, arqueológicas e artísticas sobre os povos indígenas do Oeste Paulista. Acesse o site da instituição e fique por dentro.

Lançamento da primeira Exposição Virtual

Card com fundo cinza e grafismos indígenas em vermelho mostra o texto “Decoloniza SP Terra Indígena” e reproduz, num monitor, a tela de abertura da exposição virtual.

Está no ar a primeira exposição virtual elaborada pelo Museu das Culturas Indígenas. “Decoloniza SP Terra Indígena” apresenta, dentro de uma interface moderna, as principais premissas da instituição cultural, trazendo textos, fotos, áudios e vídeos que detalham os espaços, as exposições, os eventos e as pessoas que fazem parte da história do museu. Criada dentro de uma única página, a mostra se divide em nove eixos temáticos apresentando a experiência de visitação ao MCI.

O internauta perceberá que o passeio virtual começa antes mesmo de adentrar aos espaços expositivos existentes no interior do museu, trazendo à tona as intervenções artísticas realizadas no lado de fora do edifício-sede. Entre os trabalhos apresentados estão os grafismos Guarani que adornam o gradil da entrada e a fachada da recepção, as pinturas nas paredes laterais, que representam os povos Yanomami e Maxakali, e a pintura existente na empena da lateral esquerda do prédio, criação da artista Tamikuã Txihi.

Botão para acesso à exposição virtual


Mutirão de visitas do CEM-SP na capital e no interior paulista

foto colorida mostra sala branca com paredes de vidro e, ao fundo, duas portas brancas. No centro da foto há um mostruário com artefatos de vidro e peças coloridas. Na frente dele, uma placa de fundo branco mostra o texto “Programa para deficientes visuais. Micro toque.” Ao redor do mostruário há nove pessoas, homens e mulheres, que caminham pela sala, fotografam a estrutura e conversam entre si. Todos estão com máscara cobrindo a boca e o nariz.

Uma das políticas mais importantes do SISEM-SP é o Cadastro Estadual de Museus (CEM-SP), que mapeia, identifica e processa informações dos museus paulistas. Ao todo, já são 292 instituições museológicas do estado presentes no Cadastro. Assim que o espaço cultural se submete ao Instrumento de Qualificação Cadastral, a equipe do CEM-SP realiza uma visita técnica de aferição dos dados.

Em 24 de agosto, foram inspecionados o Museu da Polícia Civil e o Museu de Microbiologia do Instituto Butantan, ambos localizados na capital paulista. Em setembro, o mutirão segue para três instituições no interior do estado: Museu Municipal Oswaldo Russomano (Bragança Paulista); Centro de Documentação Histórica da Fundação Romi (Santa Bárbara d’Oeste); e Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes (Piracicaba).

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