Dentre as datas comemorativas do calendário, uma das mais importantes será em 20 de novembro: o Dia Nacional da Consciência Negra. Para homenagear e refletir sobre as premissas da celebração, os museus geridos pela ACAM Portinari – Casa de Portinari, Índia Vanuíre, Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro – prepararam programações especiais.
No Museu Casa de Portinari, a sexta-feira (20) terá uma live com a artista Con Silva que falará sobre a cultura e a negritude brasileira, às 12h. Em Tupã (SP), o mês está repleto de ações, com destaque para o bate-papo com André Prado, fundador e presidente da ONG UMONT (União do Movimento Negro com Todos), na terça-feira (17) e oficinas educativas nos dias 18 e 20 sobre a boneca Abayomi e as técnicas básicas de grafite, respectivamente.
Em Campos do Jordão (SP), o Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro exibirão, entre 16 e 22 de novembro, a trajetória de algumas personalidades negras brasileiras. No dia 20, um encontro com o professor Christian Fernando discutirá a importância da cultura africana para a construção da identidade brasileira e como o racismo estrutural priva as pessoas negras de direitos iguais aos dos brancos e ajuda na manutenção de mecanismos de injustiça e desigualdade no país.
Para conferir as programações, acesse as páginas especiais do Cultura em Casa:
A casa da família Portinari além do acervo em pinturas murais e peças da coleção guarda um rico conhecimento: os Saberes e Fazeres. As mulheres, desde a avó Pellegrina, a mãe Dona Domingas e até as irmãs do artista, eram exímias cozinheiras, crocheteiras, bordadeiras e costureiras e usavam as peças confeccionadas para ornamentar a casa, deixá-la com ares de bem cuidada, do capricho com que a “dona de casa” enfeita o seu lar e exibe seus dotes, numa clara mensagem de carinho, de amor.
Da mesma forma, o pai de Portinari, Giovan Baptista, se dedicava ao empalhe de cadeiras e de bancos; tinha seu próprio negócio, trabalhava em casa: e a matéria-prima utilizada era a taboa. O intangível tem no saber-fazer uma de suas principais expressões culturais, são as tradições que se cultivam e se preservam na transmissão entre as gerações.
Mensalmente, um vídeo será publicado nas mídias sociais e na página do Cultura em Casa com um artesão local explicando a forma como são realizados os trabalhos de diversos ofícios. A ideia é apresentar a expressão cultural de tradições que se mantêm intactas ao longo de gerações e incentivar o público a reproduzi-las em casa.
A primeira atividade será postada em 27 de novembro, sexta-feira. Fique de olho e participe!
Em 12 de novembro, o Museu Índia Vanuíre, em parceria com o SISEM-SP, realizou um encontro com as instituições culturais da região administrativa de Marília via Google Meet.
O bate-papo teve como objetivo promover a troca de informações sobre os desafios e as experiências dos equipamentos durante a pandemia, além de fortalecer e criar estratégias para atividades que precisaram ser adaptadas no período de isolamento. Antes presenciais, elas foram reorganizadas para o ambiente virtual, sendo necessários ajustes ao meio, bem como aderidos novos padrões normativos para o setor museológico após a retomada presencial.
Após quase seis meses fechado ao público, o Auditório Claudio Santoro retomou suas exibições presenciais. Dentre as primeiras atividades está o Ensaio Aberto com a Orquestra Filarmônica de Campos do Jordão e Região.
Para isso, o equipamento cultural segue todos os protocolos do Plano São Paulo: distanciamento físico, exigência do uso de máscara e demais cuidados com a higiene. A Orquestra realiza ensaios fechados noturnos, sem a presença do público e, em algumas ocasiões, utiliza o palco em horário de expediente. O visitante pode, então, acessar a sala, respeitando as normas sanitárias.
A iniciativa de retomar a atividade presencialmente deve-se ao alinhamento com as propostas e as missões institucionais para valorizar a música erudita e trabalhar a formação de público, além de conceitos ligados ao universo da música. Fomentar, ainda, o uso do palco por uma Orquestra da região potencializa a sua relação com a própria comunidade, fazendo com que o equipamento cultural seja apropriado pelos moradores locais e, portanto, contribuindo diretamente para a valorização do patrimônio cultural e artístico e no acesso à cultura. Vale lembrar, também, que esse formato permite objetivamente que todos os protocolos de segurança em relação à saúde dos artistas e do público sejam cumpridos, o que garante aos equipamentos uma retomada gradual, segura e responsável das ações presenciais.
Quem deseja receber o certificado de participação do Encontro Paulista de Museus (EPM2020) precisa se inscrever gratuitamente até o dia 22 de novembro /. O evento acontecerá entre os dias 23 e 27 de novembro, com atividades diversificadas baseadas no tema: “Museus, Sociedade e Crise: do luto à luta”.
A programação do EPM2020 é gratuita e será transmitida no Youtube, no canal do Sistema Estadual de Museus de São Paulo (SISEM-SP), instância da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado. A transmissão do EPM 2020 será aberta a todos os interessados, mas para receber certificado de participação, é necessária a inscrição prévia.