Patrimônio cultural indígena em debate: Mata Atlântica é tema de encontro gratuito no Museu das Culturas Indígenas

Publicado em: 03 nov 2023
Museu das Culturas Indígenas

Ativistas indígenas e não-indígenas conversam sobre a importância do bioma para o planeta e a preservação do patrimônio para os povos originários;

Encontro dialoga com exposições em cartaz no MCI, que mostram as perspectivas dos moradores e guardiães da Mata Atlântica; 

Ingressos estão disponíveis no site: https://museudasculturasindigenas.org.br/

Mata Atlântica se estende ao longo de 17 estados brasileiros. Foto: MCI

São Paulo, novembro de 2023 – O Museu das Culturas Indígenas (MCI) recebe a mesa Perspectivas desde a Mata Atlântica, do seminário Patrimônio cultural indígena em debate, em 09 de novembro, às 18h30. O MCI éumainstituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Em diálogo com as exposições em cartaz no MCI, Nhe’ẽry: onde os espíritos se banham e Mymba’i: pedindo licença aos espíritos, dialogando com a Mata Atlântica, o encontro propõe um debate sobre os desafios para a preservação dos territórios tradicionais na Mata Atlântica e como a legislação afeta as vidas ligadas à floresta. O encontro gratuito é realizado em parceria com a Escola da Cidade e o apoio do Centro de Preservação Cultural da Universidade de São Paulo (CPC-USP | Casa de Dona Yayá).

A mediação é de Laura Pappalardo, ao lado dos articuladores e ativistas Sonia Ara Mirim, curadora da exposição Nhe’ẽry: onde os espíritos se banham; Tania Knapp, arquiteta paisagista; Zélia Morato Pupo dos Santos e Mauricio Pereira Pupo, lideranças do Quilombo André Lopes, em Eldorado (SP). 

Mata Atlântica no MCI

A atmosfera e a riqueza das espécies da Mata Atlântica são apresentadas nas exposições em cartaz: Nhe’ẽ ry e Mymba’i.Pinturas, instalações, sons e depoimentos a partir da perspectiva indígena mostram a importância do bioma para o planeta.

Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham exibe em viveiros mais de 60 espécies nativas da Mata Atlântica. No centro da exposição, a instalação Pedra que Canta reproduz cantos e rezas de diferentes povos. Já a Caverna dos Sonhos exibe projeções de folhas, raízes, vagalumes, acompanhadas de sons do pássaro urutau, de grilos, do sapo tambor, da cigarra, do vento e até do esturro de uma onça.

Para completar o percurso são exibidos depoimentos dos guardiões da floresta das etnias Guarani Mbya e Tupi, Maxakali, Krenak e Pataxó.

Em Mymba’i – pedindo licença aos espíritos, o público conhece animais em risco de extinção que vivem na Mata Atlântica. Pinturas produzidas por cinco indígenas mesclam a destruição do bioma e as espécies que mais sofrem com o desmatamento. Ao centro, o jogo Ninmangwá Djagwareté (em português “Brincadeira da onça”), convida o visitante a capturar a onça-pintada com os cachorros.  

Salvar o bioma

Segundo dados mais recentes do Atlas da Mata Atlântica, divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica, uma realidade preocupante acontece no bioma: entre outubro de 2021 e 2022, mais de 20 mil hectares da floresta foram derrubados, número equivalente a um Parque Ibirapuera desmatado a cada três dias.

Minas Gerais lidera o desmatamento, seguido pela Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Esses cinco estados concentram 91% do desmatamento da Mata Atlântica. A importância da preservação é mostrada no estudo: apenas 0,9% das perdas se deram em áreas protegidas, enquanto 73% ocorreram em terras privadas.

Diante do cenário de destruição, governadores do sul e sudeste assinaram em outubro deste ano o Tratado da Mata Atlântica, um conjunto de metas ambientais que prevê “a conservação e a utilização racional dos recursos naturais do bioma Mata Atlântica”. Um dos compromissos do documento é o plantio de 100 milhões de espécies nativas do bioma até 2026.

SERVIÇO

Mesa Perspectivas desde a Mata Atlântica

Seminário Patrimônio Cultural Indígena em Debate
Data: 09/11/23
Horário: 18h30
Entrada gratuita com retirada de ingressos no site.

Exposição Nhe’ẽ ry – onde os espíritos se banham e Mymba’i – pedindo licença aos espíritos
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Local: Museu das Culturas Indígenas
Endereço: R. Dona Germaine Burchard, 451, Água Branca, São Paulo/SP
Telefone: (11) 3873-1541
E-mail: contato@museudasculturasindigenas.org.br
Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

Redes sociais
Instagram (@museudasculturasindigenas
Facebook (/museudasculturasindigenas
Twitter (@mcindigenas
YouTube (@museudasculturasindigenas

Sobre o MCI 

Localizado na capital paulista, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari – Organização Social de Cultura, em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Aty Mirim.

IMPRENSA

AGÊNCIA GALO

Assessoria de Imprensa – Museu das Culturas Indígenas
contato@agenciagalo.com
Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo 

Assessoria de Imprensa 
(11) 3339-8116 / (11) 3339-8162
(11) 98849-5303 (plantão)
imprensaculturasp@sp.gov.br