Os museus geridos pela ACAM Portinari prepararam atividades dedicadas ao Dia da Consciência Negra (20/11).
O Museu Casa de Portinari promoverá a apresentação do “Que Bloco é Esse”. No repertório estão músicas do samba-reggae, com letras e sonoridades que remetem a essência da cultura negra brasileira. Já no Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro será possível acompanhar a contação de história “Quando eu Crescer”, com Lari Salles. As crianças vão conhecer personalidades negras de destaque e suas respectivas profissões.
O Museu das Culturas Indígenas antecipa as celebrações, com o encontro “Dia Nacional da Consciência Negra: marco temporal, racismo e território”. A proposta é abordar o embate sobre as demarcações de terra de comunidades indígenas e quilombolas. No Museu Índia Vanuíre, a oficina de máscaras africanas ocorre após o feriado, em 21/11. Os participantes desenvolveram técnicas de modelagem e texturização, enquanto aprendem sobre os povos africanos.
Quem visita o Museu Casa de Portinari nem sempre tem a dimensão do trabalho realizado nos bastidores. O Núcleo de Acervo, por exemplo, está constantemente apurando dados sobre a obra e a vida do artista, a fim de oferecer informações mais detalhadas ao público.
Por meio de pesquisas e estudos críticos, a instituição identifica elementos históricos por trás dos objetos expostos, permitindo uma compreensão mais fiel sobre a origem, a matéria-prima e outras curiosidades relacionadas às peças.
Ao explorar o passado do “cachimbo de nó de roseira”, de Candido Portinari, por exemplo, os especialistas encontraram informações interessantes sobre o objeto. O nome não se refere a uma roseira, como se imaginaria, e sim a uma espécie de madeira que, em inglês, tem nome similar ao do tipo de uma rosa. Ou seja, o termo comumente usado em português apresenta uma possível confusão na tradução do inglês.
Em 23 de novembro estreia a segunda temporada do podcast “Composição a Três”, realizado pelo Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro. Desta vez o conteúdo gira em torno do compositor brasileiro conhecido por seu virtuosismo e irreverência nas peças desenvolvidas para os palcos e os filmes.
A data de lançamento celebra o aniversário de Claudio Santoro, que terá fases de sua vida reveladas pelo podcast. Será possível saber sobre sua infância, o primeiro contato com a música, a trajetória profissional, o envolvimento com a política e os muitos prêmios e reverências concedidos ao longo da carreira.
Em março deste ano, os primeiros episódios do podcast abordaram a obra e a vida da artista Felícia Leirner e continuam disponíveis na plataforma Spotify, onde também será incluída a segunda temporada. Segue lá!
Em outubro, o Museu H. P. Índia Vanuíre (MIV) recebeu uma equipe de profissionais da cidade de Pompéia/SP que pretende criar um Museu de Ciência e Tecnologia no município. A fim de conhecer práticas museológicas relacionadas ao patrimônio cultural, o grupo dialogou com os colaboradores da instituição e pôde conhecer de perto a dinâmica de alguns setores do MIV.
Composta por uma museóloga, dois coordenadores, um gestor e uma recepcionista, a equipe de Pompéia conheceu também os projetos educativos e a programação cultural do MIV, além de conferir a reserva técnica responsável pela preservação, conservação e documentação do acervo museológico.
O MIV recebe diversos grupos para realização de visitas técnicas para enriquecer o conhecimento sobre o patrimônio museológico e mostrar a importância da composição de uma equipe diversa nos espaços culturais. As visitas promovem reflexões sobre a atuação dos profissionais no âmbito da cultura e estimulam a promoção do respeito e a valorização do patrimônio cultural.
Com o intuito de ampliar repertórios sobre diferentes povos e contribuir para que temáticas e práticas de estudo sobre as culturas indígenas sejam mais recorrentes na educação, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) promove o curso formativo “Folhas, caminhos e palavras – Temáticas indígenas na educação”, com carga de 30 horas.
As aulas ministradas por lideranças, professores, artistas, articuladores e mestres de saberes indígenas acontecem nos dias 11, 18 e 25 de novembro, das 09h às 12h e das 13h às 16h, na sede do MCI, em São Paulo. Os participantes compartilharão conhecimentos capazes de romper com visões homogêneas sobre os povos originários.
A formação oferecerá certificado de participação para quem acompanhar 80% do conteúdo formativo. Saiba mais no site.
De agosto a novembro, o SISEM-SP promoveu uma série de encontros para discutir a Política Estadual de Museus de São Paulo (PEM-SP). As reuniões contaram com profissionais do campo museal, da cultura e de outras áreas de 25 municípios. A última acontece em Ribeirão Preto (16/11).
Os interessados podem se inscrever previamente online. O encontro em Ribeirão será realizado na unidade do SESC da cidade, das 10h30 às 17h e será conduzido por Renata Cittadin, diretora do Grupo Técnico de Coordenação do SISEM-SP (GTC SISEM-SP) e Sofia Gonçalez, também do GTC do SISEM-SP.
Assim como nos encontros realizados em Santos (17/08), São José dos Campos (31/08), Piracicaba (14/09), Sorocaba (28/09), São José do Rio Preto (17/10) e Presidente Prudente (31/10) – regiões que são polo do SISEM-SP – a proposta em Ribeirão é compartilhar e ouvir sugestões para compor o documento de estruturação da PEM-SP.
Quem não tiver participado e quiser colaborar pode acessar a consulta pública online. O documento final será apresentado em 2024.