A Rede de Memória do Esporte é a segunda matéria da série de reportagens especiais que o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP), instância da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, traz sobre as Redes Temáticas de Museus.
Criada em 2012, a rede articula museus, centros de memória e memoriais de clubes paulistas que preservam e divulgam o patrimônio cultural do esporte, promovendo ações de cooperação e articulação entre as instituições, objetivando a qualificação de seus serviços. “Surgiu a partir de uma preocupação em engajar instituições e pessoas interessadas no tema para dar uma melhor visibilidade à memória esportiva existente no Brasil que, infelizmente, é pouco falada. Fala-se mais no âmbito jornalístico do que do ponto de vista institucional, das instituições de memória”, diz Daniela Alfonsi, diretora técnica do Museu do Futebol, sediado em São Paulo.
Como toda rede, a de Memória do Esporte tem a perspectiva de um trabalho não hierarquizado, cada integrante tem liberdade de atuação, seja com ações comuns entre todos os membros ou com alguns integrantes. Daniela ressalta que a rede não é composta somente por membros institucionais. “Temos também jornalistas, pesquisadores, voluntários dentro dos clubes, como o Clube Juventus, localizado no bairro da Mooca, em SP. Cada membro pode colaborar com o que for mais específico e pertinente em sua atuação e também integrar ou não projetos comuns”, comenta Daniela.
Para Djalma Penha, coordenador do Museu de Esportes de São José dos Campos, um dos maiores desafios da rede é fazer a articulação entre as instituições, além de montar uma equipe de trabalho que seja permanente, já que, segundo ele, a mudança de chefia dos locais a cada quatro anos ocasiona maior dificuldade no fluxo de trabalho. “Também queremos ampliar o número de instituições participantes do interior do Estado, temos conhecimento de várias existentes e que ainda não integram a rede”.
Para 2020, a rede havia previsto uma ação relacionada aos jogos olímpicos, adiados em razão da pandemia do Coronavírus. “Todo ano tentamos fazer pelo menos uma ação, para esse estamos ainda entendendo os contextos, principalmente, esportivos, para sabermos o que pode ser mais interessante”, explica Daniela, que lembra que nem todas as ações são específicas do tema esportivo. “Já fizemos muitas ações que são sobre temas de trabalho em museus, como oficinas de conservação de materiais, documentação e catalogação”.
Guia
Em 2016, a rede publicou pela primeira vez o Guia Memória Esporte Clube, com informações sobre o histórico das instituições participantes e seus acervos, bem como os dados de serviço para visitação. Para conhecer o material e os museus participantes, acesse aqui.
Fonte: SISEM-SP